24 escolas do Vale do Paraíba e região bragantino se candidataram para aderir ao projeto de colégios cívico-militares proposto pelo governo estadual de São Paulo.
As escolas do Vale do Paraíba e região bragantina que se candidataram para aderir ao projeto de colégios cívico-militares proposto pelo governo de SP terão que fazer reuniões e votações com pais e alunos para discutir a implementação do programa.
Na região, 24 escolas se candidataram para aderir ao projeto – confira a lista de unidades por cidade no fim da reportagem. Em todo estado, 302 escolas manifestaram interesse no modelo. A expectativa do governo estadual é que 45 escolas se tornem cívico-militares em 2025.
A partir de agora, os responsáveis pelas unidades que se candidataram terão até o dia 31 de julho para fazer reuniões com a comunidade escolar para discutir a implementação do programa.
Depois, será preciso fazer votações com pais, alunos, professores e funcionários para registrar a opinião de toda a comunidade escolar sobre o programa. Esse passo será realizado entre os dias 1º e 15 de agosto, por meio da Secretaria Escolar Digital (SED).
A adesão ao programa escola cívico-militar tem que ter a aprovação da maioria dos votos válidos de cada colégio.
A divulgação das escolas que devem participar efetivamente do projeto a partir de 2025 será feita no dia 30 de agosto.
Se o número de unidades interessadas for maior que as 45, o estado vai adotar os seguintes critérios:
maior número de votos válidos a favor da implantação
escola com mais níveis de ensino, ou seja, que ofertam do ensino fundamental ao médio
unidades com mais estudantes que se ausentaram nas provas do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp)
Segundo o governo estadual, podem participar desse momento de consulta pública:
mãe, pai ou responsável pelos alunos menores de 16 anos de idade
estudantes a partir de 16 anos de idade, ou seus familiares, em caso de abstenção de alunos dessa faixa etária
professores e outros profissionais da equipe escolar
Professor da Faculdade de Educação da USP e coordenador do grupo de estudos e pesquisas em administração escolar da universidade, o Vitor Henrique Paro é contra o projeto de escolas cívico-militares. Ele defende a valorização do educador e um ensino que desperte no aluno a vontade de aprender.
“O educando só aprende se quiser. Isso é comprovado cientificamente. Alguém que quer aprender é a coisa mais fácil do mundo. Então o trabalho principal da escola, dos educadores, do sistema de ensino é proporcionar condições para que o aluno se sinta bem aprendendo. Você tem que ter a concordância dele. Você não tem que ter a obediência. Você tem que seduzi-lo para que ele queira aprender”, afirma.
Investimento
Segundo o Governo de SP, o gasto com a contratação dos monitores deve ser de R$ 7,2 milhões para as escolas. Os militares que trabalharem nas escolas cívico-militares vão receber ao todo R$ 5.693 por mês.
De acordo com a Secretaria de Educação do Estado, o salário médio pago aos professores da rede é de R$ 6.057, valor superior ao que será pago ao policial militar.
Veja lista das escolas por cidade:
Atibaia
Escola Padre Mateus Nunes de SiqueiraBom Jesus dos Perdões
Escola Professor Manoel Ferraz
Bragança Paulista
Escola Dom Bruno Gamberini
Escola Prof. Paulo Silva
Escola Coronel Francisco de Assis Gonçalves
Escola Ismael Aguiar Leme
Escola Prof.ª Mathilde Teixeira de Moraes
Escola Prof. Marcos Antônio da Silva Guimarães
Caçapava
Escola Prof.ª Ruth Sá
Escola Dr. Flair Carlos de Oliveira Armany
Escola Prof.ª Luciana Damas Bezerra
Caraguatatuba
Escola Antônio Alves Bernardino
Cruzeiro
Escola Prof. Abrão Benjamim
Ilhabela
Escola Dr. Gabriel Ribeiro dos Santos
Escola Prof.ª Maria Gemma de Souza Oliveira
Pindamonhangaba
Escola Prof. José Pinto Marcondes Pestana
Escola Prof. Rubens Zamith
Escola Prof.ª Antônia Carlota Gomes
Escola Prof.ª Isis Castro de Mello César
Piquete
Escola Prof.ª Leonor Guimarães
Piracaia
Escola Prof.ª Augusta do Amaral Peçanha
São José dos Campos
Escola Prof. Francisco Pereira da Silva
São Sebastião
Escola Prof.ª Maísa Theodoro da Silva
Taubaté
Escola Newton Câmara Leal Barros