A governança em empresas de capital aberto é um elemento essencial para manter a confiança dos investidores e cumprir as normas regulatórias. Para Carlos Eduardo Rosalba Padilha, seguir as exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e as melhores práticas de mercado não é apenas uma obrigação legal, mas também uma estratégia para fortalecer a reputação corporativa e atrair capital. A transparência e a conformidade são diferenciais competitivos em um ambiente de alta vigilância e concorrência.
As empresas listadas precisam equilibrar a busca por resultados com o compromisso de informar de forma clara e tempestiva todas as partes interessadas. Esse compromisso vai além do cumprimento de prazos formais; ele envolve a criação de processos internos sólidos, capazes de garantir que a informação correta chegue aos investidores e ao mercado com integridade e consistência. Leia mais a seguir:
Estrutura de governança e responsabilidades em empresas de capital aberto
A base da governança corporativa em empresas de capital aberto é uma estrutura organizacional bem definida, que distribui responsabilidades e garante a fiscalização adequada das decisões. De acordo com o especialista Carlos Eduardo Rosalba Padilha, o conselho de administração, o comitê de auditoria e a diretoria executiva têm papéis complementares na definição de estratégias, monitoramento de riscos e prestação de contas.
Essa divisão de funções permite maior independência na análise de informações e na tomada de decisões. Conselheiros independentes, por exemplo, contribuem para mitigar conflitos de interesse e ampliar a visão estratégica da companhia. Ao mesmo tempo, a alta administração deve manter um canal de comunicação constante com o mercado, assegurando que os investidores tenham acesso a dados confiáveis para suas decisões.
Conformidade com a CVM e padrões internacionais
Cumprir as regras da CVM é fundamental para evitar sanções e preservar a credibilidade da companhia. Conforme explica Carlos Padilha, isso inclui a divulgação periódica de demonstrações financeiras auditadas, fatos relevantes, comunicados ao mercado e informações sobre a governança. A pontualidade e a clareza dessas divulgações são pontos-chave para manter a confiança dos investidores e atender às exigências regulatórias.

Nesse sentido, além das normas nacionais, muitas empresas de capital aberto adotam padrões internacionais de governança e reporte, como os definidos pela OCDE ou pelo International Financial Reporting Standards (IFRS). Essa prática amplia a atratividade da companhia para investidores estrangeiros e demonstra um compromisso adicional com a transparência e a qualidade da informação.
Melhores práticas para atender ao mercado
Atender às exigências do mercado significa ir além da conformidade legal. Segundo Carlos Eduardo Rosalba Padilha, empresas que se destacam nesse aspecto investem em relacionamento com investidores (RI), adotam políticas de divulgação proativa e mantêm canais de comunicação acessíveis e responsivos. Essa postura fortalece a imagem institucional e atrai um público investidor mais engajado.
Outra boa prática é a adoção de políticas ambientais, sociais e de governança (ESG), integradas às estratégias corporativas. O mercado valoriza companhias que demonstram responsabilidade socioambiental, gestão ética e compromisso com a sustentabilidade. Esses fatores, quando bem comunicados, podem influenciar positivamente a valorização das ações e a fidelização de investidores. Além disso, incorporá-los ao planejamento de longo prazo fortalece a reputação e a resiliência da empresa frente a crises.
Por fim, a governança em empresas de capital aberto é um pilar para a sustentabilidade e o crescimento no mercado financeiro. Como menciona o especialista Carlos Eduardo Rosalba Padilha, cumprir as exigências da CVM e adotar práticas de transparência, integridade e responsabilidade fortalece a confiança dos investidores e protege a reputação corporativa. Ao combinar conformidade regulatória com estratégias de relacionamento e gestão responsável, as companhias também ampliam suas oportunidades de valorização.
Autor: Demidov Turgueniev