Como destaca o conhecedor Paulo Twiaschor, as certificações ambientais para construções têm se tornado um diferencial competitivo relevante no setor da engenharia civil. Até porque o mercado imobiliário tem valorizado empreendimentos que adotam práticas sustentáveis e buscam selos reconhecidos internacionalmente. Interessado em saber mais sobre? Neste artigo, você vai entender o que são as principais certificações ambientais utilizadas na construção civil, como LEED, AQUA e EDGE, e como elas funcionam.
O que são certificações ambientais para construções?
Certificações ambientais para construções são reconhecimentos oficiais concedidos a edifícios que atendem a critérios de sustentabilidade em seus processos de projeto, execução e operação. Segundo Paulo Twiaschor, esses selos avaliam aspectos como uso eficiente de energia, gestão de resíduos, qualidade da água, escolha de materiais e conforto ambiental.

Dessa forma, essas certificações garantem que o projeto adote práticas de menor impacto ambiental e maior eficiência operacional. Além disso, servem como parâmetro confiável para investidores, compradores e gestores que buscam construções comprometidas com a preservação dos recursos naturais. Isto posto, cada certificação possui suas exigências específicas, que envolvem tanto critérios técnicos quanto documentações comprobatórias. Aliás, a conquista do selo geralmente passa por auditorias externas, o que assegura credibilidade ao processo.
As certificações ambientais mais conhecidas
Existem diversas certificações ambientais disponíveis, mas três delas se destacam pela ampla aceitação no mercado: LEED, AQUA e EDGE. Cada uma possui enfoques específicos, níveis de exigência e metodologias próprias de avaliação.
LEED (Leadership in Energy and Environmental Design): desenvolvida nos Estados Unidos, o LEED é uma das certificações mais reconhecidas mundialmente. Avalia critérios como eficiência energética, reaproveitamento de água, qualidade interna do ar e localização. É dividida em quatro níveis: Certified, Silver, Gold e Platinum, dependendo da pontuação obtida.
AQUA-HQE (Alta Qualidade Ambiental): adaptada ao Brasil pela Fundação Vanzolini, o selo AQUA é baseado no sistema francês HQE. Ele avalia o desempenho ambiental do empreendimento em todo o seu ciclo de vida, desde o planejamento até a operação. Exige análise de impactos ambientais, qualidade sanitária, conforto térmico e acústico, entre outros.
EDGE (Excellence in Design for Greater Efficiencies): criada pela International Finance Corporation, o EDGE é voltada para países em desenvolvimento e busca estimular a construção de edifícios com melhor desempenho ambiental e menor custo. Avalia critérios de energia, água e materiais, sendo mais simplificada e acessível em relação as outras certificações.
As vantagens competitivas desses selos no mercado imobiliário
Além de atestarem a sustentabilidade dos empreendimentos, as certificações ambientais agregam valor ao imóvel, aumentando sua atratividade e rentabilidade. Edifícios com selos como LEED, AQUA ou EDGE geralmente apresentam menor custo de operação, maior durabilidade e melhor desempenho energético. De acordo com o executivo Paulo Twiaschor, esses diferenciais são percebidos por investidores e consumidores, que buscam cada vez mais por soluções ambientalmente responsáveis.
Assim, empresas que adotam essas certificações demonstram compromisso com a inovação e a sustentabilidade, fortalecendo sua imagem institucional, conforme ressalta Paulo Twiaschor. Outro ponto positivo é o acesso facilitado a linhas de financiamento com condições especiais, já que muitas instituições financeiras priorizam empreendimentos sustentáveis em seus critérios de concessão de crédito.
Quais são os critérios mais exigidos nas certificações ambientais?
Embora cada selo ambiental tenha suas especificidades, existem critérios comuns que são considerados fundamentais na avaliação dos empreendimentos. A seguir, listamos os principais:
- Eficiência energética: exige a redução do consumo de energia elétrica por meio de tecnologias como iluminação LED, sistemas inteligentes e uso de energia renovável.
- Gestão de água: incentiva o uso racional e reaproveitamento da água com sistemas de captação da chuva, torneiras economizadoras e reuso para fins não potáveis.
- Qualidade do ar e do ambiente interno: prioriza materiais que não liberam compostos tóxicos e garante ventilação adequada para o bem-estar dos ocupantes.
- Materiais sustentáveis: valoriza o uso de insumos recicláveis, de origem local e com baixa emissão de carbono durante a produção.
- Gestão de resíduos: exige planejamento adequado para separação, armazenamento e descarte dos resíduos gerados durante a obra e operação do edifício.
Esses elementos são essenciais para a obtenção de qualquer uma das certificações e promovem impactos positivos tanto para o meio ambiente quanto para os usuários do espaço. Logo, quando bem planejadas, essas medidas não representam apenas um custo adicional, mas sim um investimento com retorno garantido.
Por que investir em construções sustentáveis com certificação?
Em última análise, investir em construções sustentáveis vai além do cuidado ambiental, como pontua o entendedor de engenharia Paulo Twiaschor. Trata-se de um movimento estratégico para empresas que desejam liderar em inovação, eficiência e responsabilidade. Até porque, as certificações ambientais, como LEED, AQUA e EDGE, não só comprovam o compromisso ecológico, como também impulsionam a credibilidade no mercado imobiliário. Assim sendo, adotá-las é garantir relevância, diferencial competitivo e retorno econômico em médio e longo prazo.
Autor: Demidov Turgueniev